Cryptopedia
Glossário descomplicado dos termos em crypto
51% attack
Tipo de ataque a blockchains em que o agressor controla mais de 50% da capacidade de processar blocos na rede. Isso abre brechas para que ele negue transações ou roube ativos de usuários.
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Alghotimic stablecoin
São stablecoins subcolateralizadas que usam um algoritmo para manter a paridade com outra moeda. Em geral são consideradas mais arriscadas que stablecoins plenamente colateralizadas, especialmente após a perda de valor do UST, lastreado no token LUNA em vez de dólares.
Altcoin
É como são chamados todos os tokens cripto com exceção do Bitcoin. Começaram a ser criados em 2011. Costumam ser mais voláteis que o Bitcoin, crescendo mais em momentos de euforia, mas tendo quedas maiores nos bear markets. Exemplos: ETH, BNB.
Airdrops
Distribuições gratuitas de novos tokens para o público, geralmente usuários do dApp de um projeto que está lançando um token. Tem como objetivo distribuir o token para uma ampla base de usuários de modo a formar um mercado amplo. Em geral, os tokens costumam cair de preço pouco após a distribuição devido à pressão vendedora.
AMM
É o mecanismo da maioria DEXes, em que ordens são executadas contra um pool de liquidez onde preços definidos automaticamente. Assim permitem que essas bolsas funcionem sem um livro de ordens e que uma transação possa ser feita por um comprador ou vendedor mesmo sem uma pessoa na outra ponta. Exemplo: Uniswap, Pancakeswap.
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Bear market
Mercados de baixa, em que as expectativas dos agentes em geral são de queda de preços. O mercado cripto costuma passar por esses momentos a cada 4 anos, sendo o mais recente o iniciado em 2022.
Bull market
É o momento dos ciclos do mercado cripto em que as expectativas dominante são de alta nos preços. Chega ao auge na chamada bull run, quando preços começam a subir de forma acelerada e se descolam de fundamentos reais.
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Blockchain
É a tecnologia central em cripto. Trata-se de uma rede similar à internet, mas destinada à troca de ativos. Transações são agrupadas em uma sequência de blocos de forma descentralizada e imutável. Dessa forma existe o registro de todas as transações executadas desde o surgimento da blockchain, o que permite saber o saldo de cada carteira.
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Blockchain Trilemma
É como é conhecido um problema que alega a impossibilidade, em tese, de uma blockchain solucionar ao mesmo tempo 3 questões centrais: descentralização, escalabilidade e segurança.
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Bridge
É uma solução que transporta tokens entre blockchains diferentes. Originalmente cada token seria compatível apenas com a blockchain sobre a qual foi criado. As bridges congelam o token em um endereço na blockchain de origem e liberam um ativo equivalente, com o mesmo nome e características, mas em outro contrato na blockchain de destino. Por lidarem com blockchains diferentes acabam tendo vulnerabilidades extras, e por isso são alvos frequentes de hackers.
Burning
É um mecanismo deflacionário em que tokens são enviados para um endereço nulo. Dessa forma, esses tokens saem de circulação de forma permanente. É utilizado em ativos como o BNB para aumentar a escassez ao longo do tempo. Quando feito com lucros da empresa ou protocolo, é uma alternativa à distribuição de dividendos.
CBDC
Central Bank Digital Currencies são moedas nacionais em forma digital, utilizando a tecnologia da blockchain. Em geral, são considerados competidoras das criptomoedas, mas há também espaços para sinergia entre ambas. Seus defensores afirmam que podem trazer benefícios como combate à sonegação e à criminalidade; maior democratização de serviços financeiros; aumento de liquidez para mercados tradicionais; e uso contratos inteligentes para reduzir a burocracia. Já seus críticos afirmam que podem trazer um controle sem precedentes de governos sobre a vida financeira dos indivíduos.
CDP
Collaterized debt position é a posição de um colateral depositado pelo usuário para emitir uma stablecoin. O usuário é liquidado se o valor de mercado desse colateral cair abaixo do valor da stablecoin emitida. Foi introduzido pela pela MakerDAO.
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CEX
São bolsas organizadas de forma centralizada por uma empresa com negociações através de livros de ordens, como as bolsas do mercado tradicional. Muitas pessoas chamam essas exchanges de corretoras, já que elas também tomam a custódia de ativos do usuário, acumulando duas funções que no mercado tradicional são separadas por lei. Exemplos: Binance, Crypto.com.
Consensus mechanism
São os modos com os quais a blockchain consegue fazer agentes cooperarem entre si sem a necessidade de confiança mútua. Usam a Teoria dos Jogos para criar mecanismos que tornam economicamente racional que agentes cooperem entre si, e que seja irracional qualquer tentativa de sabotar a rede.
Crosschain
São soluções diversas que conectam blockchains diferentes através de bridges. Por exemplo, uma DEX crosschain permite uma troca de ativos cripto mesmo que estejam em blockchains diferentes, o que antes exigia uma instituição como uma CEX com carteiras diferentes para cada blockchain.
DAG
Directed acyclic graph são uma solução para transferência de ativos alternativa à blockchain. A validação é feita através de diferentes ramos (graphs) em vez de blocos, e cada transação é confirmada pela transação seguinte. Isso em tese permite fazer transações sem taxas, mas trazem lentidão quando a rede é pouco utilizada, já que a próxima transação, necessária para confirmar a anterior, pode demorar. Exemplos: Hedera Hashgraph (HBAR) e Iota (MIOTA).
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DAO
As decentralized autonomous organizations são organizações geridas diretamente pelos próprios donos de tokens. As decisões são tomadas online em fóruns de governança, geralmente com o peso de votos de cada determinado pela quantidade de tokens na carteira. Exemplos: Curve, Aave. Se colocam como alternativas às empresas centralizadas, embora em muitos casos o time por trás do projeto limite o escopo das votações, vete propostas, tome decisões unilaterais ou mantenha consigo a maioria dos tokens.
DApps
o aplicativos descentralizados, que utilizam a tecnologia blockchain e de contratos inteligentes para executar tarefas e fornecer serviços de forma automática. Usuários de dApps mantém a posse de seus tokens, não precisando confiar a custódia deles a uma empresa ou qualquer outra entidade. Exemplos: Axie Infinity, PancakeSwap
DDoS attack
É um ataque hacker com o objetivo de derrubar uma blockchain ou DApps ao sobrecarregá-los com tráfego inútil. Um caso conhecido é o da Solana, que passou por diversos ataques desse tipo em 2022.
DeFi
As finanças descentralizadas são o segmento do mercado financeiro que utiliza a blockchain e contratos inteligentes para eliminar os intermediários tradicionais e permitir que usuários negociem diretamente, mantendo a custódia dos ativos. Surgiram a partir de 2017 na rede do Ethereum e passaram por uma explosão de adoção a partir de 2020.
DeFi 2.0
Uma variante de DeFi que foi popular durante o final de 2021, em que projetos prometeram rendimentos de milhares de % ao ano sobre seus tokens com uma prática que consistia basicamente em manipular a liquidez de ativos. Exemplos são a Olympus (OHM) e KlimaDao (KLIMA). Os ativos do setor tiveram quedas superiores a 99% desde então.
DEX
São bolsas descentralizadas, um segmento dentro de DeFi em que negociações de ativos são feitas através de contratos inteligentes e permanecem sob custódia do usuário. São uma alternativa descentralizada às CEXes que fazem isso mantendo a custódia de ativos do usuário e utilizando livros de ordens.
ERC
Os Ethereum Request for Comments são os padrões utilizados por tokens na rede Ethereum. Devem ser adotados para que o token seja compatível com essa blockchain. Os mais conhecidos são o ERC-20 para tokens simples, e o ERC-721 para NFTs.
Ethereum Killer
É um termo utilizado para blockchains alternativas ao Ethereum, que poderiam ultrapassar seu valor de mercado por serem mais escaláveis. Costuma ser utilizado como marketing por essas redes, mas em geral sacrificam segurança ou escalabilidade para executarem transações mais baratas. Até o momento nenhuma outra blockchain focada em contratos inteligentes chegou perto de ultrapassar o Ethereum em liquidez, capitalização ou número de desenvolvedores.
EVM
A Ethereum Virtual Machine é o sistema responsável por executar contratos inteligentes na rede Ethereum. Assim, permite que essa rede hóspede DApps que executam funções de forma automática. Outras blockchains, como a Avalanche e a Fanton, também são compatíveis com a EVM, visando uma integração mais simples com o Ethereum
Fair Launch
São lançamentos de tokens que dão a todo o público a oportunidade de participar de forma igualitária, sem destinar parcelas ao time, investidores ou outros insiders.
Fan Token
São tokens que utilizam a imagem de equipes esportivas e trazem utilidades para holders, como participar de votações. Em geral, são apontados como maus investimentos por apenas se associarem a uma marca conhecida, mas trazerem utilidades baixas. A plataforma mais conhecida é a Socios.com, que funciona com o token Chiliz (CHZ).
Farming
É a produção de tokens por usuários que utilizam uma plataforma. É usada em DEXes como a Pancakeswap, em que usuários depositam liquidez para produzir o token CAKE.
Fully Diluted Market Cap
É a capitalização de mercado de um ativo cripto considerando a oferta total de tokens que poderão ser emitidos. O investidor deve ter atenção, pois um FDMC muito alto em relação ao market cap atual indica uma alta diluição de tokens no futuro, com provável pressão sobre o preço.
GameFi
É um setor em cripto que une jogos às finanças descentralizadas. Ele introduz mercados descentralizados para personagens, itens e moedas do jogo. Assim possibilita que jogadores tenham a custódia desses elementos, que em jogos tradicionais pertencem em última instância à companhia por trás do jogo. Abrem espaço ainda para que jogos sejam fonte de renda, no chamado play-to-earn.
Gas fees
São as taxas pagas por usuários para realizar transações na blockchain. Como essas transações exigem poder de processamento, são pagas para remunerar os validadores e nodes dessas transações.
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Giveaway
É uma distribuição de tokens para usuários, de forma semelhante aos airdrops. A diferença é que giveaways são feitos de forma manual com tokens já existentes no mercado, e podem ser feitos em moedas tradicionais como o dólar. Em geral, são distribuídos em ações de marketing para usuários que ajudam a promover o projeto em redes sociais.
Halving
É um mecanismo de corte de recompensas pela metade, geralmente para mineradores, mas pode ser direcionado também ao farming de tokens. Foi introduzido pelo Bitcoin e é aplicado em outros projetos como a Litecoin como uma forma de reduzir progressivamente incentivos especiais.
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Hard Fork
É uma bifurcação de uma blockchain, levando à criação de uma nova rede independente da blockchain original. Ou seja, a blockchain se divide em duas. O hard fork acontece quando uma atualização não tem o consenso de todos os participantes da rede e uma parte dos nodes opta por permanecer rodando a versão antiga do programa. Um exemplo é o Ethereum PoW que surgiu recentemente quando parte dos mineradores de Ethereum não aderiram à atualização do Ethereum para uma rede Proof-of-Stake.
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Hashrate
É uma medida para a quantidade de poder computacional utilizada por uma blockchain para processar transações. É um indicativo da segurança de redes Proof-of-Work, pois ataques diretos à rede demandam o controle de mais de 50% do hashrate da rede. O Bitcoin e outras redes possuem um mecanismo de ajuste que tornam o problema mais ou menos complexo conforme o hashrate da rede. Hoje, com milhares de nodes pelo mundo, os problemas são extremamente complexos e exigem computadores superpotentes, o que traz um alto consumo de energia.
Hodling
Um jargão do mercado cripto em alusão a "hold" (segurar), escrito com um erro de ortografia. É dito por investidores que confiam na alta de preços de um token no médio e no longo prazo, e recomendam mantê-lo.
ICO
Initial Coin Offering, em alusão aos IPOs do mercado de ações tradicional. É a venda inicial de uma criptomoeda para o público com o objetivo de arrecadar fundos para financiar um projeto. Possui uma série de variantes como IDO (para DEXes), IGO (para games), INO (para NFTs), IEO (para CEXes) e IFO (para farms).
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Impermanent Loss
Perda impermanente, um risco associado a pools de liquidez, em que usuários podem ter prejuízos maiores, ou lucros menores, devido ao descolamento de preços entre ambos os ativos do pool.
IPFS
Inter-planetary File System, protocolo introduzido pela Filecoin que permite o compartilhamento de arquivos digitais de forma descentralizada através da blockchain. É uma alternativa ao html, tornando o conteúdo imutável e incensurável.
Launchpad
São plataformas onde é feito o lançamento de novos tokens para o público. Uma parcela da oferta total é vendida, em geral tendo como requisito uma quantidade de tokens da launchpad onde o lançamento é feito, que precisam ser mantidos por certo período.
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Layer 1
É a camada-base principal da blockchain, na qual ocorrem transações p2p. Funciona como uma rede para transferências de valores validadas por algum mecanismo de consenso descentralizado. Sobre estas também podem ser construídos contratos inteligentes, dapps tokens e NFTs. Ex: Bitcoin, Ethereum, Solana.
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Layer 2
Trata-se de soluções que trazem escalabilidade à blockchain principal. Muitas vezes estas possuem uma capacidade limitada de processar transações, um problema que pode ser amenizado por uma camada mais ágil construída sobre ela. Ex: Lightning Network (Bitcoin); Polygon; Optimism (Ethereum)
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Layer 3
São basicamente apps construídos sobre uma blockchain, seja de Layer 1 ou Layer 2. Podem ser plataformas de DeFi; games; e outras soluções diversas para a Web3 construídas a partir de contratos inteligentes. Ex: Axie Infinity; Uniswap.
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Layer 0
Soluções multichain que se apresentam como uma camada base sob a qual outras blockchains podem ser construídas de maneira interconectada com o objetivo de gerar mais escalabilidade. Exemplos: Cosmos; Polkadot.
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Lending
Segmento de DeFi voltado para empréstimos. Usuários depositam um colateral para tomar emprestado outro token, permitindo alavancar posições. As plataformas mais conhecidas são a Aave e a Compound.
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Liquid Staking
Modalidade de staking em que o provedor de liquidez recebe um token negociável no mercado em troca do seu depósito. Dessa forma, o usuário segue com um ativo líquido ao mesmo tempo que recebe rendimentos sobre o ativo original travado. Um exemplo de plataformas que praticam essa forma de staking é a Lido, que fornece aos usuários o token stETH em troca do ETH depositado nela.
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Liquidity Pool
São pools de liquidez, em que usuários depositam dois e, em alguns casos, três tokens diferentes, e recebe rendimentos pela liquidez fornecida para transações entre esses pares em DEXes. São uma alternativa interessante para o holder obter rendimentos adicionais sobre os tokens na sua carteira, mas trazem riscos como a perda impermanente.
Marketplace
São mercados associados a NFTs, onde esses são listados por usuários e artistas. Os mais conhecidos são a OpenSea e a Blur.
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Mempool
É uma espécie de área de espera, onde transações em uma blockchain permanecem registradas enquanto aguardam confirmação nos próximos blocos. Uma mempool grande significa que a rede está congestionada e usuário deverá esperar mais para ter sua transação confirmada.
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Memecoin
São moedas que nascem como brincadeiras, ou memes. Em geral não pretendem ter um fundamento sério, mas em alguns casos os times criam funcionalidades para agregar valor a elas. Exemplos: Dogecoin, Shiba Inu.
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Mining
Mineração, mecanismo introduzido pelo Bitcoin, mas usado também em outras redes Proof-of-Work, como Litecoin. É a produção de criptomoedas a partir do processamento de transações na blockchain. Dão recompensas especiais visando incentivar pessoas a alocarem um maior poder computacional na rede, trazendo maior segurança.
Minting
É um termo que define a emissão de um ativo cripto. É mais aplicada a NFTs, mas também é usada para tokens fungíveis.
Name Services
É um serviço que permite renomear o endereço de uma carteira cripto, que em vez de ser um código longo, passa a ser um nome legível e fácil de lembrar.
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Nakamoto Coefficient
Uma medida da descentralização de blockchains. É o número mínimo de entidades que precisam entrar em conluio para derrubar uma blockchain. Quanto maior o coeficiente, mais segura é a blockchain. Enquanto o Bitcoin possui um coeficiente de mais de 7000, muitas blockchains alternativas têm um número menor de 10.
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NFT
Non-fungible token. São ativos únicos e irreplicáveis, que representam a posse de um ativo, como uma obra de arte, um ítem em um jogo, ou documentos e certificados. Se contrapõem aos tokens fungíveis, que são todos aqueles que podem ser agrupados ou divididos. Por exemplo: posso ter 5 Ethereum ou 0,01 Ethereum, como o dólar, por isso dizemos que o Ethereum e o dólar são fungíveis. Já um CryptoPunk é um ativo digital único. Posso ter dois CryptoPunks, mas são ativos diferentes, por exemplo, o CryptoPunk #6754 e o CryptoPunk #7832. Por isso são não-fungíveis.
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Node
São computadores responsáveis pela validação e registro de transações em uma blockchain através de um programa específico. Se dividem em validator nodes e full nodes. Validator nodes processam e aprovam transações de usuários. Full nodes armazenam todos os dados históricos da blockchain e acrescentam novos blocos com as informações sobre transações recebidas dos validator nodes.
Onchain/offchain
Expressões que significam dentro e fora da blockchain. Onchain é tudo o que é processado nas blockchains, como contratos em DeFi ou transferências pela rede do Bitcoin. Offchain são transações que não passam pela blockchain, como negociações em CEXes.
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Optimistic Rollups
Uma forma de rollup que presume que as transações executadas são honestas em vez de verificá-las uma por uma. Dessa forma, se tornam mais escaláveis. Em contrapartida, as transações demoram a ter uma confirmação final, pois possuem um intervalo de tempo em que qualquer usuário pode desafiar a rede alegando uma fraude.
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Oracle
Os oráculos são soluções para conectar informações diversas a contratos inteligentes. Dessa forma os contratos podem ser acionados em caso de eventos diversos. Um exemplo é o uso por DEXes, que ajustam preços de ativos com base em informações fornecidas por oráculos sobre os preços em outros mercados. Assim evitam que uma parte maior de recursos do pool seja drenada através de arbitragem com esses outros mercados.
Peer-to-peer
São transações feitas diretamente entre pessoas sem a necessidade de um intermediário, como um banco, para executar as transações. A possibilidade de executar transações sem esses intermediários é um dos maiores avanços introduzidos pelo Bitcoin e pela tecnologia da blockchain. Permite reduzir riscos associados a um terceiro e, idealmente, eliminar ou reduzir drasticamente as taxas pagas para este.
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Pegged asset
É um ativo lastreado diretamente em outro ativo. Um exemplo são as stablecoins que visam manter o mesmo preço que uma moeda, geralmente o dólar americano. Ao mesmo tempo, podem ser transferidas através da blockchain e usado em aplicações de DeFi. Podemos citar ainda o Wrapped Bitcoin, um ativo atrelado ao Bitcoin, mas que pode ser utilizado na blockchain do Ethereum, com a qual o Bitcoin "original" não é compatível.
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PFP
As profile pictures são a mais popular categoria de NFTs artísticos. São imagens de perfil, quase sempre criadas através de arte generativa, e lançadas em coleções com um desenho base e traços variáveis. Exemplos: CryptoPunks, Bored Ape Yacht Club.
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Pishing
É um tipo de golpe hacker em que usuário de um DApp ou site é direcionado para uma página falsa semelhante ao original. Quando insere suas informações, os hackers roubam esses dados para movimentar fundos do usuário.
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Play-and-earn
É uma modalidade de GameFi que visa se contrapor ao play-to-earn, trazendo maior foco para o jogo em si do que ao ganho de tokens. Em geral se apresentam como jogos normais, que a pessoa jogaria apenas por diversão, mas com a possibilidade de ganhar tokens como um bônus.
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Play-to-earn
Trata-se de um conceito que se tornou muito popular no último boom de cripto, com auge em 2021. Jogos play-to-earn oferecem tokens e outras recompensas na forma de criptoativos negociáveis. Esses ativos têm valor de mercado principalmente pela capacidade de serem usados na produção de mais unidades deles mesmos, o que levou muitos a apontarem esta modalidade games como ponzis.
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Proof-of-Authority (PoA)
É um mecanismo de consenso de blockchains em que um bode precisa provar sua identidade para processar blocos. É considerado o mais centralizado dos mecanismos de consenso.
Proof-of-History (PoH)
É um mecanismo introduzido pela Solana para aumentar a velocidade da validação de transações. Cada transação na rede é registrada com um hash indicando o momento em que ocorreu no tempo, o que permite uma verificação mais ágil da sequência de eventos na rede. Assim, a Solana consegue executar transações de forma extremamente rápida e eficiente. Mas não é um mecanismo de consenso totalmente independente, e sim um mecanismo para aumento de escalabilidade. A Solana usa o Proof-of-Stake para validar a sequência de transações apresentada através da PoH.
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Proof-of-Stake (PoS)
A prova de participação é um mecanismo de consenso no qual os nodes podem participam do processamento de blocos se possuem um stake, ou seja, uma quantidade de tokens depositados em um contrato. Eles são escolhidos para processar mais ou menos blocos a partir de um algoritmo, de acordo com o valor do seu depósito. O Proof-of-Stake é considerado uma alternativa ao Proof-of-Work com menor consumo de energia. Porém críticos alegam que seu mecanismo é menos seguro e uma forma de inflar artificialmente o preço das criptomoedas, que são retiradas do mercado. Usa o mecanismo de slashing para disciplinar o comportamento dos validadores.
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Proof-of-Work (PoW)
Foi o primeiro mecanismo de consenso para blockchains, apresentado no whitepaper do Bitcoin em 2008. Para processar um bloco, os nodes precisam resolver um problema matemático. O primeiro node a resolver o problema pode gerar o próximo bloco e receber as taxas das transações que processa. Além disso, ele geralmente recebe uma recompensa adicional na criptomoeda nativa da rede.
Rebase token
São tokens que visam controlar o preço do ativo ajustando o saldo de tokens de usuários. Assim, tentam compensar quedas de preço ao emitir mais tokens para compensar os usuários. São utilizados nos DApps da chamada DeFi 2.0.
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Rollups
São uma tecnologia de escalabilidade que visam agrupar várias transações em um lote antes de enviar para a blockchain sobre a qual foram desenvolvidos. Assim, a blockchain fica menos sobrecarregada, pois só precisa processar uma transação, enquanto usuários podem pagar taxas menores pelas transações já que o custo original pode ser partilhado entre centenas de transações diferentes.
Rugpull
Um tipo de golpe em que desenvolvedores de um token atraem a liquidez de usuários para pools e em seguida despejam uma grande quantidade de seus tokens no mercado. Isso baixa o preço do token até praticamente zero e permite retirar todo o dinheiro depositado.
Shitcoin
É um termo utilizado para tokens que não tem bons fundamentos e, portanto, não valeriam nada.
Sidechain
É uma blockchain que se conecta diretamente a uma outra através de bridges para transferir ativos, mas que ao mesmo tempo opera de forma independente, ao contrário das Layer 2. É uma solução utilizada principalmente por DApps que desejam cortar custos e transação e trazer mais agilidade para usuários, geralmente sacrificando parte da segurança da rede original. Exemplo: a Ronin é uma sidechain do Ethereum, criada para ser utilizada pelo jogo Axie Infinity.
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Slippage
A "derrapagem" é uma movimentação de preços causada pela atividade de um negociante no mercado. Ao fazer uma ordem grande, desloca-se o preço de um ativo. Esse efeito é mais intenso quanto menor for a liquidez no mercado. O termo é mais usado em AMMs, nas quais esse ajuste nos preços é feito automaticamente e repassado ao usuário.
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Smart Contracts
Contratos inteligentes são uma inovação trazida pelo Ethereum que permite trazer negociações mais complexas do mercado financeiro para a blockchain. Os contratos inteligentes executam transações de forma automática se certas condições são atendidas, sem a necessidade de um terceiro. Por exemplo, se um colateral cai abaixo do valor tomado em um empréstimo, um contrato inteligente é acionado automaticamente para liquidar a posição insolvente.
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Soft Fork
É uma atualização no programa por trás de uma blockchain. Diferentemente dos hard forks, não tem problemas de divergência entre nodes, que passam todos a funcionar com a atualização, sem dividir a blockchain em duas redes diferentes.
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Soulbound Tokens (SBTs)
São um tipo especial de token não-transferível. Um SBT recebido por uma carteira fica atrelado a ela de forma permanente. São usados, por exemplo, como certificados que associam uma carteira cripto a uma pessoa. Dessa forma, permitem que aplicações em cripto sejam direcionadas a pessoas específicas, o que não era possível antes, já que uma mesma pessoa pode ter várias carreiras diferentes. São apontados por alguns como uma das inovações com maior potencial em cripto atualmente. Podem permitir, por exemplo, que serviços tradicionais sejam prestados por pessoas verificadas através da blockchain, ou empréstimos sem a necessidade de colaterais.
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Stablecoin
São versões em blockchain de moedas “reais”, como o dólar ou o euro. Podem garantir seu lastro de diversas formas: através de algoritmos (como o UST); de colaterais em outros tokens (como a DAI); com depósitos das moedas originais em contas sob custódia (USDC); ou ainda com outras stablecoins (OUSD).
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Staking
O staking, que significa “participação”, é um depósito de tokens em um contrato para validar transações em redes Proof-of-Stake ou outras finalidades, como fornecer liquidez em pools de DeFi. O staker abre mão da custódia de seus tokens e, em troca, recebe um rendimento. Algumas plataformas permitem que o usuário deposite e retire os tokens à vontade, enquanto outras possuem contratos inteligentes que só permitem ao usuário retirar tokens depois de certo período.
Swap
Em cripto significa a troca de um token por outro em DApps de DeFi ou através de carteiras onchain.
Testnet/Mainnet
A rede de testes é uma cópia da blockchain principal onde são simuladas transações. Costuma ser usada para testar atualizações. A blockchain “oficial” é, em contraposição, conhecida como mainnet.
TGE
Token generation event é o ato de criação e registro de um novo ativo cripto na blockchain.
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Token
São ativos cripto considerados de forma ampla, o que engloba criptomoedas (tokens usados para pagar transações em uma blockchain). Toda criptomoeda é um token, mas nem todo token é uma criptomoeda. Tokens são criados por projetos criptos de forma programável a partir de códigos e costumam ser associados a alguma função, como pagar por um serviço ou receber dividendos.
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Tokenized Stock
Ações tokenizadas são ações do mercado tradicional em versão compatível com a blockchain. A ação original deve permanecer em uma conta que serve como lastro para o ativo cripto. Isso permite trazer maior liquidez para esses ativos, que passam a ser negociados em mercados 24/7 e sem fronteiras.
TPS
As transações por segundo são a principal medida da escalabilidade de uma blockchain. O Bitcoin pode processar apenas 7 transações por segundo, enquanto uma solução de pagamentos tradicional como a Visa processa mais de 1800. Blockchains mais modernas, como Solana e Fantom, afirmam ter capacidade para processar dezenas ou centenas de milhares de transações por segundo, mas em contrapartida são consideradas menos seguras.
TVL
O total vale locked é a principal medida de liquidez de uma blockchain ou de um DApp de DeFi. Indica o valor de mercado dos criptoativos depositados em uma plataforma. Esses depósitos podem ser usados em pools de liquidez de AMMs, garantias de segurança ou outras finalidades diversas. Quem deposita esses tokens abre mão da custódia deles em troca de rendimentos, como em uma poupança bancária.
Vampire attack
É uma espécie de ataque competitivo de uma plataforma que busca extrair a liquidez depositada em outra. Consiste em oferecer um produto ou serviço praticamente idêntico e acrescentar a eles incentivos maiores para usuários, através da distribuição de um token.
Wash Trading
São transações de fachada em que tokens são trocados entre carteiras em conluio, geralmente de uma mesma pessoa, sem objetivo de promover uma troca que gere valor real para as partes. São feitas em plataformas que oferecem airdrops ou outras recompensas para seus usuários. Isso faz com que indivíduos utilizem a plataforma sem que realmente se importem com o produto ou serviço, mas apenas para receber tokens.
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Web1
É a fase mais antiga da internet, em que conteúdo era publicado de forma estática. Os sites não funcionavam como forma de interação entre usuários e não traziam recursos como comentários e avaliações. Não havia ainda redes sociais, fóruns ou apps.
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Web2
Se refere à camada da internet que trouxe maior interatividade entre usuários, introduzindo apps e redes sociais, mas com conteúdo e serviços intermediados por grandes companhias, que utilizam os próprios servidores em vez da blockchain. Por isso podem sair do ar em caso de problemas, requerem dados pessoais e podem autorizar ou negar serviços. Por exemplo, o Facebook ou o Twitter são controlados por empresas que podem vetar o conteúdo publicado por usuários.
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Web3
Se refere ao segmento da internet organizada de forma descentralizada através da blockchain e de DApps funcionando com base em contratos inteligentes. Nela, dinheiro e outras informações podem ser transmitidos de forma peer-to-peer sem a necessidade de intermediários, e sem a possibilidade de censura.
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Whale
"Baleias" é como são chamados aqueles que têm posições muito grandes em ativo. O menor movimento deles no mercado pode causar grande impacto nos preços, por isso a analogia.
Wrapped Tokens
São ativos sintéticos atrelados a um outro ativo, para serem utilizados em outra blockchain. O ativo original permanece trancado em um contrato na sua blockchain original para que um novo ativo equivalente seja emitido em uma outra blockchain. O exemplo mais conhecido é o do Wrapped Bitcoin, utilizado na blockchain do Ethereum.
Yield Aggregator
É um segmento de DeFi em que usuários fazem depósitos em um DApp que redeposita esses ativos entre outros DApps através de contratos inteligentes, buscando a maior rentabilidade possível. Exemplos: Convex Finance; yearn.finance.
Zero-Knowledge Proof
Mecanismo de consenso que permite a verificação da validade de uma transação mesmo sem revelar aos validadores os dados dos envolvidos. É utilizada em blockchains com foco em transações privadas, como Minero e ZCash.
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ZK Rollups
Os rollups de Zero-Knowledge são uma categoria de soluções de segunda camada que processam offchain as transações e as transmitem para a blockchain em lotes para diminuir custos. Esses rollups são considerados atualmente a forma mais eficiente de escalar blockchains, pois permitem usá-las apenas para verificar a validade de dados, mas sem revelar que dados são esses. Dessa forma, reduzem consideravelmente a demanda por capacidade de processamento da rede principal, ao mesmo tempo que se apoiam na segurança desta.