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Framework

Explicando a metodologia do site

A metodologia dos nossos ratings busca facilitar a tomada de decisão do investidor de longo prazo. Por isso, ela se baseia em anos de pesquisa sobre o mercado cripto e na metodologia de outros investidores e agentes da indústria da Crypthi. Nosso arcabouço também visa ser transparente, imparcial e replicável aos mais diversos projetos do mercado cripto. Ele é composto por 10 critérios organizados em 4 grupos: inovação, ecossistema, tokenomics e segurança.

 

Cada um destes grupos tem como nota a média da nota de seus critérios, que varia de 0 a 10. A nota final do token é formada por uma média ponderada das notas desses grupos: tokenomics e segurança têm peso 3, enquanto inovação e ecossistema têm peso 2. Para fins de computação no CryptoRanking, caso dois tokens tenham a mesma nota, adotamos como critérios de desempate as notas nos grupos, na seguinte ordem: tokenomics, segurança, ecossistema e inovação.

 

A nota de cada critério é relativa, tendo como referência (10) o cumprimento total dos requisitos de um projeto "ideal" nesse aspecto, conforme definido neste framework. Como você pode ter notado, mesmo os ativos mais blue chip o mercado dificilmente ultrapassam 80/100 em nosso score. Isso acontece por algumas razões:

 

- Todo projeto vêm com trade-offs. Mais sobre em Blockchain Trilemma.

- As tokenomics também têm seus próprios trade-offs.

- Mesmo que tragam uma tecnologia disruptiva, criptoativos são investimentos de alto risco.

 

Segue abaixo nossos fundamentos para a nota em cada critério, organizados segundo a partir dos 4 grupos:

1. Inovação:

Diferencial + Utilidade

Mede o impacto que o token pode trazer para o ecossistema cripto e para a economia em geral. 

Diferencial

 

Aqui, levamos em conta os aspectos em que o projeto por trás do token visa inovar e a performance do projeto nesse aspecto. Levamos em conta o pioneirismo; a disrupção da proposta, a pertinência dela para o mercado e a performance do projeto ao tentar cumprir essa missão.

 

Um projeto 10/10 deve trazer uma nova proposta para solucionar uma limitação do mercado ou uma demanda da sociedade. Deve abrir novas possibilidades para a inovação, e trazer vantagens em relação a outros projeto criptos ou soluções tradicionais que ataquem o mesmo problema.

Utilidade

 

Em utilidade, levamos em conta como o token se insere na proposta do projeto. Existem propostas muito originais na Web3, mas que não justificam de forma clara a necessidade de criarem um token em vez de agregar utilidades a outros já existentes.

 

O token é a principal vitrine para investidores e, em geral, o principal motivo para uma startup estar na Web3 em vez do mercado tradicional. Tokens pouco úteis são um sinal de que foram criados principalmente para ser despejados no mercado e gerar lucros sem agregar um valor correspondente.

 

Consideramos uma escala de utilidade de tokens de 0 a 5:

 

5. Token fundamental para gerar incentivos para manter rede funcionando

4. Token gera incentivos para melhorar performance da rede

3. Token gera incentivos para aumentar adoção

2. Token ajuda a financiar o projeto

1. Token com alguma função marginal

0. Token sem qualquer utilidade

 

Somamos a essa pontuação pontos conforme as principais funções que o token pode agregar:

 

. Reserva de valor (um meio de conservar riqueza no longo prazo)

. Meio de pagamentos (usado como moeda na economia tradicional)

. Pagar por um serviço (por exemplo, taxas de gás)

. Reforçar a segurança de uma rede (como um mecanismo de slashing em redes Proof-of-Stake)

. Dar direito a um benefício (por exemplo, descontos em uma exchange)

. Governança (votar em propostas para o futuro do projeto)

. Receber dividendos direta ou indiretamente (como o equivalente a uma ação)

2. Ecossistema:

Adoção + Desenvolvimento

Envolve o projeto, seja uma rede, DApp, ou uma plataforma com todos os serviços  associados a ele. 

Adoção

​

Para blockchains e aplicações em DeFi, avaliamos o TVL depositado. Especificamente para blockchains, levamos em consideração as principais métricas de adoção em cripto. Isso inclui principalmente o volume, o número de transações executadas e de carteiras ativas.

 

Em ambos os casos, consideramos também a liderança do projeto segundo essas métricas. Além dos números atuais, consideramos a tendência dessas métricas. Um projeto de baixa adoção, mas em crescimento pode ser tão bem avaliado quanto um mais popular, mas em decadência.

 

Por fim, levamos em conta a adoção da solução por outros projetos em cripto e por instituições tradicionais.

Desenvolvimento

 

Em desenvolvimento, levantamos principalmente informações quanto ao roadmap do projeto. Um projeto bem avaliado deve ter metas relevantes que o tornem cada vez mais competitivo e aumentem seu potencial de adoção e liderança no mercado no futuro.


Levamos em conta também a tendência da atividade de desenvolvedores no Github. Quando possível, utilizamos o relatório da Electric Capital para o ano de 2022 para essa avaliação.

3. Tokenomics:

Inflação + Distribuição + Sustentabilidade

Em tokenomics, avaliamos os principais componentes envolvendo a economia por trás do token.

Inflação

​

Em inflação, classificamos os tokens conforme a diluição esperada. Para isso, a métrica mais relevante (mas não suficiente) é a oferta circulante de ativos em relação à oferta total que poderão ser emitidos. Projetos com nota mais alta são os que estão mais próximos de terminarem sua emissão.

 

Além disso, consideramos o grau de inflação também em uma escala qualitativa. Os tokens podem ter:

 

Deflação: quando há um mecanismo de burning que faça com que a oferta do ativo diminua ao longo do tempo, caso do BNB.

​

Desinflação: quando há um mecanismo que estabelece uma inflação decrescente ao longo do tempo, caso do Bitcoin.

​

Equilíbrio móvel entre deflacão e inflação: quando há mecanismos de emissão e de queima de tokens, que podem predominar em diferentes momentos, caso do Ethereum.

 

Inflação ilimitada: para tokens que tem um mecanismo de inflação fixa ou variável sem decrescimento ao longo do tempo, caso do Polkadot.

 

Muitos projetos contam com um calendário de vesting em andamento, com a perspectiva de liberarem certo volume de tokens para o time e investidores, enquanto outros contam com mecanismos temporários para a retirada de ativos do mercado, como Tesouros ou contratos de staking. Por isso, mesmo que tenham uma oferta limitada podem ter uma nota abaixo de outros projetos com oferta ilimitada, mas com perspectivas de inflação mais moderada nos próximos anos. Tokens com nota mínima seriam aqueles de oferta ilimitada e com perspectivas de inundação do mercado no futuro.

Distribuição

 

A distribuição leva em conta o equilíbrio da alocação inicial dos tokens ou de outros mecanismos de distribuição. Notas baixas são um indicativo de uma alocação alta de tokens para insiders do projeto.

 

Outros ativos têm maiores parcelas vendidas a investidores com o objetivo de financiar o projeto, o que apesar de justificável, pode ser excessivo. Acreditamos que uma boa distribuição deve concluir os benefícios para contribuidores iniciais com incentivos para aqueles que agregam valor ao sistema no presente e no futuro.


Uma nota alta exige não só uma distribuição inicial transparente, de preferência o chamado fair launch, mas também uma forma eficaz de incentivar comportamentos desejáveis. Os tokens com notas maiores são aqueles que também reservam parcelas para incentivar a expansão do ecossistema, a adoção por usuários e a eficiência de um serviço.

Sustentabilidade

 

Nesse critério avaliamos os mecanismos de incentivo trazidos pelo token, e a narrativa que justifica a criação dele. Consideramos sustentável o protocolo que tenha uma geração de receitas que agregue valor ao ativo e/ou outros fundamentos coerentes com a capitalização de mercado atual.

 

Os tokens perdem pontos no critério conforme apresentem sinais de dependência da manipulação de mecanismos de tokenomics para sustentar ou inflar seu preço.

4. Segurança:

Sistema + Mercado + Descentralização

 Englobamos os principais riscos associados à tecnologia, ao mercado e à centralização do projeto.

Sistema

​

Entendemos sistema como a blockchain, plataforma ou DApp associado ao ativo.

 

Nesse critério levamos em conta o histórico de funcionamento e possíveis brechas para problemas técnicos. Isso engloba principalmente ataques hackers, mas também quedas, bugs e outras falhas, como congestionamento excessivo.

 

Por outro lado, fundos ou outras garantias para cobrir perdas é um fator que consideramos aumentar a segurança para o usuário.  Levamos ainda em consideração o tempo de funcionamento desse sistema, uma vez que projetos mais antigos no mercado tendem a ter apresentados mais problemas na sua trajetória, mas também uma maior chance de ter detectado e corrigido falhas, enquanto projetos jovens não passaram pelo mesmo "teste do tempo".

Mercado

 

Aqui avaliamos o desempenho do ativo no mercado. O principal componente é a tendência dos preços no longo prazo avaliada a partir dos retornos passados. 


Projetos com uma nota alta são aqueles que tenham apresentado maior valorização desde que chegaram ao mercado, o que indica uma perspectiva de manter essa tendência de alta. Por outro lado, eles perdem pontos conforme apresentam maior volatilidade, com maiores quedas nos bear markets, ou problemas de falta de liquidez, trazendo riscos para os investidores.

Descentralização

 

Esse critério leva em conta os riscos associados à centralização do projeto. Notamos nas análises que muitos times utilizam a narrativa da descentralização trazida por cripto, mas não adotam práticas coerentes.

 

Os projetos são melhor avaliados conforme entregam aos holders do token um controle maior sobre os rumos do projeto, com liberdade para tomar decisões em um escopo maior sem serem vetados pelo time.

 

Por outro lado, tiramos pontos de projetos em que esses mecanismos de governança indicam ser de menor eficácia devido a altos requisitos de tokens. Há ainda diversos casos em que insiders controlam uma alta concentração de tokens, o que indica uma governança pela comunidade apenas para as aparências. Outros fatores levados em conta são possíveis problemas regulatórios ou outros riscos trazidos pelas práticas do time.


Por fim, no caso específico de tokens de blockchains, avaliamos ainda a dispersão dos validadores e nodes, à medida que tragam maior segurança para a rede. Optamos por avaliar esse aspecto aqui e não em "Sistema" para uma melhor distribuição de pesos na nota final.

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